No dia mundial da saúde, 7 de abril, representantes de cerca de 30 instituições parceiras do Programa Trabalho Seguro (PTS) se reuniram no primeiro encontro do ano para debater os transtornos mentais relacionados ao trabalho, tema do biênio 2016/17, com foco no avanço da depressão. O evento aconteceu em Florianópolis, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (parceira do Programa), e foi organizado pelos gestores regionais do PTS no Estado, desembargador Roberto Guglielmetto e juiz Ricardo Jahn.
Ricardo Jahn abriu a reunião falando sobre os objetivos do PTS. Segundo ele, entre os direcionamentos do Programa está a união de empregados, empregadores e entes públicos na busca pela redução de acidentes e doenças de trabalho, que causam afastamentos e prejudicam não apenas os empregados e suas famílias, mas também as empresas, o governo e a sociedade em geral. “As maiores causas de absenteísmo são as doenças mentais, como a depressão, que costuma trazer muito sofrimento para o trabalhador”, destacou.
O juiz, que também integra o Comitê Gestor Nacional do Programa, lembrou que implantar boas práticas de prevenção à saúde e segurança no trabalho são fundamentais e devem ser divulgadas amplamente pelas empresas. “Os bons resultados podem surgir de novas ideias e ser obtidos a partir das pequenas iniciativas de cada instituição”, reforçou o magistrado, que pediu para as empresas compartilharem suas iniciativas no próximo encontro.
A reunião dos parceiros também contou com a participação do psicólogo do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio de Janeiro e Espírito Santo) Bruno Farah, doutor em Teoria Psicanalítica. De acordo com ele, “a depressão e a violência caminham juntas no ambiente corporativo”, sendo que a primeira é resultado de uma “sociedade muito agressiva”. Nas organizações, essa violência se manifesta quando são estabelecidas metas, mas não são dadas as condições para cumpri-las.
Depressão no Brasil e no mundo
Estima-se que no mundo 322 milhões de pessoas são afetadas pela depressão, um aumento de mais de 18% entre os anos 2005 e 2015, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Já no Brasil 5,8% da população são afetadas pela doença, cerca de 11,5 milhões de brasileiros, número que deixa o país com o maior índice de depressivos na América Latina, e em segundo lugar nas Américas, ficando atrás apenas dos Estados unidos.
Texto: Luana Cadorin / Foto: Ivonei Fazzioni (Fiesc)
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