Sessão solene do Pleno contou com homenagens a ex-diretores e diretoras e à primeira servidora da Ejud-12
O Pleno do TRT-SC realizou nesta segunda-feira (13/10) uma sessão solene em comemoração aos 20 anos de implantação da Escola Judicial do TRT-SC (Ejud-12). O evento ocorreu na sala de sessões do Pleno, localizada no prédio-sede do tribunal, e contou com homenagens a ex-diretoras, ex-diretores e à primeira servidora da unidade.
Além de magistrados e servidores do TRT-SC, a cerimônia foi prestigiada pelo presidente da OAB-SC, advogado Juliano Mandelli, e pelo procurador-chefe do MPT-SC, procurador do trabalho Piero Menegazzi. Ambos também elogiaram a trajetória da escola e destacaram sua importância para a formação dos juízes trabalhistas.
O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-SC), desembargador Amarildo Carlos de Lima, abriu a solenidade. Em sua fala, destacou a alegria de estar à frente da instituição em um momento simbólico.
Ao recordar o próprio início na magistratura, ele fez um paralelo com a importância da Escola Judicial – da qual foi vice-diretor em gestões anteriores. Lembrou ainda que, antes de sua criação, os magistrados recém-ingressos não passavam por um período de formação ou ambientação.
“Nós entrávamos e, no outro dia, já estávamos na sala de audiência, sem ter esse contato inicial de aprendizado que é tão importante”, observou. Ao concluir o discurso, o presidente afirmou ainda que, ao longo dos anos, a Ejud-12 se consolidou como um espaço de crescimento mútuo e de igualdade.
“Costumo dizer que ao entrar na Escola deixamos a toga na porta de entrada, justamente para mostrar que ali somos todos alunos”, ressaltou o presidente.
Placa comemorativa
A Ejud-12 foi implantada em 14 de julho de 2005. Ao longo dessas duas décadas, seis magistrados e cinco magistradas estiveram à frente da Escola. A desembargadora aposentada Ligia Maria Teixeira Gouvêa foi a primeira diretora, no biênio 2005/2007. Na implantação da Ejud-12, ela foi auxiliada pela servidora Florentina Luiza Boaventura Bastos, que participou do trabalho da unidade até 2014.
Cada homenageado recebeu uma placa comemorativa, entregue aos que puderam comparecer pessoalmente à cerimônia. Laura Petrone recebeu a homenagem concedida em memória de seu pai, o desembargador Gracio Ricardo Barboza Petrone, falecido em 17 de setembro de 2025.
Diretoras e Diretores da Ejud-12 desde a criação:
2005 a 2007 - Ligia Maria Teixeira Gouvêa
2008/2009 - Edson Mendes de Oliveira
2010 - Gerson Paulo Taboada Conrado (até o dia 26-6-2010)
2010/2011 - Gracio Ricardo Barboza Petrone (a partir do dia 9-8-2010)
2012/2013 - Garibaldi Tadeu Pereira Ferreira
2014/2015 - Viviane Colucci
2016/2017 - Mari Eleda Migliorini
2018/2019 - Roberto Basilone Leite
2020/2021 -Teresa Regina Cotosky
2022/2023 - Wanderley Godoy Junior
2024/2025 - Quézia de Araújo Duarte Nieves Gonzalez
Apenas mesa, computador e ramal
A primeira servidora a ser lotada na Escola Judicial, Florentina Luiza Boaventura Bastos, também foi homenageada. Emocionada, lembrou em seu discurso o início dos trabalhos, ainda em estrutura modesta, quando, segundo ela, “a Escola ocupava um canto com uma mesa, cadeira, computador e um ramal”.
Já aposentada, Luiza, como era conhecida, recordou que à época de implantação ainda não existia uma escola referência, mas começaram com a formação inicial dos juízes recém-aprovados e a formação continuada dos demais magistrados.
Em seguida, ressaltou o apoio recebido pela Ejud-12 em diferentes gestões. Contou que na Administração do desembargador Jorge Luiz Volpato (2006/2007) foi cedido um espaço do Gabinete na Presidência. "Com o passar dos anos, fomos conquistando um espacinho aqui, outro ali, até que conseguimos um local definitivo no fórum da Beira-Mar, onde a escola funciona até os dias atuais”, contou.
Ao encerrar, agradeceu aos colegas e diretores que passaram pela instituição e concluiu com uma mensagem de fé:
“A vida floresce quando aprendemos a entregar os dias nas mãos de Deus. Ele pinta a estrada com novas cores, mesmo depois da noite mais escura”.
Espírito coletivo
Primeira diretora da Ejud-12, a desembargadora aposentada Ligia Gouvêa falou com orgulho e nostalgia sobre a trajetória da Escola, lembrando dos primeiros anos vivenciados na unidade.
“Recordo com gratidão o início, quando tudo era construção e aprendizado. Contamos com poucos recursos, mas com grande colaboração e espírito coletivo. Ver hoje a Ejud-12 fortalecida, com estrutura e reconhecimento, é saber que o esforço de tantos valeu a pena e que continua dando frutos”, orgulhou-se.
Espaço de aprendizado e pertencimento
No final da cerimônia, a atual diretora da Escola Judicial, desembargadora Quézia de Araújo Duarte Nieves Gonzalez, destacou o significado da data.
“É uma alegria e uma emoção celebrar duas décadas da nossa Escola Judicial. Essa trajetória não se mede apenas em números, cursos ou certificados, mas em pessoas que, com dedicação, sensibilidade e compromisso, ajudaram a construir um espaço de aprendizado e pertencimento. Cada gestão, cada magistrado e magistrada, cada servidor e servidora, contribuíram para que a Ejud-12 se tornasse o que é hoje: uma referência em formação, diálogo e cooperação", afirmou.
"Hoje celebramos uma história coletiva, feita de encontros, de partilha e de uma busca constante por conhecimento e sentido. Que esses 20 anos nos inspirem a continuar aprendendo juntos, com o mesmo entusiasmo de quem acredita que servir à Justiça também é um ato de transformação e esperança". Quézia Gonzalez
A diretora encerrou anunciando, com entusiasmo, o lançamento da revista comemorativa, que reúne os momentos marcantes das duas décadas de existência, e informou que a publicação será lançada durante o Congresso Internacional da Ejud-12, com início nesta quarta-feira (15/10).

Texto: Carlos Nogueira e Priscila Tavares
Secretaria de Comunicação Social
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