O juiz José Ernesto Manzi tomou posse no cargo de juiz do TRT na tarde desta sexta-feira (13), na sala de sessões do Tribunal Pleno. Ele ingressou na Justiça do Trabalho em 1990 e desde 1996 vem atuando como convocado pelo Tribunal.
Na saudação de boas-vindas, o juiz Edson Mendes de Oliveira destacou a personalidade marcante do magistrado: “Por trás do operoso juiz, encontra-se a rica figura do ser humano, sensível, que tem a capacidade de olhar o outro além das aparências e não se furta em dividir as suas experiências e conhecimentos”, registrou.
O procurador-chefe substituto do Ministério Público do Trabalho, Jaime Roque Perottoni, desejou sucesso ao empossado na nova jornada. "Espero que possa levar a todos a segurança jurídica e a paz que todos almejamos".
Em sua fala, o advogado Paulo Roberto de Borba, presidente da OAB/SC, cumprimentou o juiz Manzi, dizendo que "devemos unir esforços para que seja feita a justiça aos cidadãos".
No seu discurso, o empossado iniciou falando dos diversos significados da data: abolição da escravatura, aparição de Nossa Senhora em Fátima - Portugal, o aniversário da Ponte Hercílio Luz - símbolo da Ilha da Magia e da função conciliadora da magistratura, que é a de construir pontes para o diálogo. Além disso, lembrou o 13 de maio como o dia da publicação, há oito anos, do ato de sua remoção para a 1ª Vara da Capital, onde confessa ter descoberto a fundo a magistratura.
"Considero que a estrada que percorri reflete no homem e no juiz que sou", admitiu o magistrado, citando números de sua trajetória profissional como de audiências, sentenças, conciliações e acórdãos. Manzi lembrou de toda a sua atuação laboral e passagens de sua vida pessoal, que influenciaram na visão que tem do Direito.
Para ele, o processo não pode perder seu foco no homem. “A desumanização do processo faz com que pereça seu objeto, que é a justiça, tornando-o apenas uma técnica de aplicação do direito, divorciada de sua função como instrumento de realização da justiça... O processo é e deve ser uma fonte de concretização de direitos fundamentais, de humanização do homem, de aperfeiçoamento das instituições sociais e políticas, de instauração da ordem e da paz, de busca da justiça como ideal”, ensinou.
Ao final, fez agradecimentos aos familiares – pais, irmãos, cinco filhos –, à esposa Maristela e aos servidores. “Principalmente agradeço a Deus, presença constante e pulsante em minha vida, em todos os instantes...”, assinalou.
Currículo
Promovido pelo critério de antiguidade, o magistrado é especialista em Direito Administrativo pela Universidade de Roma; em Processo Civil, pela Unoesc de Chapecó; e em Processos Constitucionais pela Universidade de Castilla, da Espanha. Também é mestre em Ciência Jurídica pela Univali, de Itajaí, e, atualmente, cursa Filosofia na UFSC e doutorado em Direitos Sociais, na Universidade de Castilla.
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Fonte: Assessoria de Comunicação Social do TRT/SC
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