Aumentar a segurança dos oficiais de justiça (OJs), que executam seu trabalho principalmente nas ruas. Foi com esse objetivo que o Tribunal, em parceria com a Academia da Polícia Civil de Santa Catarina (Acadepol), promoveu nesta semana um curso de defesa pessoal, envolvendo técnicas capazes de cessar uma eventual agressão, para os servidores da categoria.
A capacitação foi oferecida em função de uma demanda apresentada pelos OJs requerendo o aperfeiçoamento da segurança na atividade. Em uma pesquisa feita no ano passado com 1.634 profissionais de todo o país, 90% deles responderam que consideram o trabalho exercido muito ou extremamente arriscado.
O curso teve a duração de 20 horas. A metologia utilizada pelo instrutor, o agente da Polícia Civil Miguel Braga da Motta Júnior, foi a repetição de exercícios de defesa e de técnicas como, por exemplo, as que auxiliam a cair e levantar de modo seguro. Todas as 20 vagas oferecidas nessa primeira turma e na próxima, em agosto, foram preenchidas.
Para o oficial de justiça Marcelo Vieira dos Santos, há 25 anos na atividade, a capacitação proporcionou uma segurança a mais para o seu trabalho. “Foi útil pois nos orientou sobre o que fazer no dia a dia ao se deparar com uma empreitada mais violenta”, avalia o servidor, que atua em Florianópolis.
“O ideal é se prevenir para não ter que chegar ao ponto de usar as técnicas aprendidas, por isso costumo levantar com antecedência a ficha da pessoa que irei entregar o mandado. Caso seja alguém violento, peço ajuda da polícia”, afirma Marcelo. Ele recorda que no início da carreira já foi ameaçado de morte enquanto trabalhava. “Foi preciso levar a situação até o juiz ”, conta.
Avaliação positiva
Na avaliação de reação feita pelo Serviço de Educação Corporativa (Seduc) do Tribunal logo após o curso, todos os que responderam assinalaram que as técnicas apresentadas poderão ser aplicadas no dia a dia e que se consideram habilitados para tal, ainda que parcialmente.
A maioria dos que responderam também demonstrou interesse em participar de mais cursos sobre o tema, tendo sido sugerida a realização de treinamentos em direção defensiva e em técnicas anti-sequestro.
Texto: Carlos Nogueira / Fotos: Carlos Nogueira, Simone Dalcin e divulgação
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