Ação foi promovida pela Amatra-12 em parceria com os programas Trabalho Seguro e de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem
Dois juízes e um desembargador do TRT-12 falaram sobre trabalho infantil e segurança do trabalho para cerca de 100 jovens de 12 a 17 anos atendidos pelos projetos sociais da Paróquia Santíssima Trindade, na quinta-feira (14/09). O evento foi promovido pela Associação dos Magistrados do TRT-12 (Amatra-12), em parceria com os programas de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem e Trabalho Seguro, ambos mantidos pelo TRT-12.
O pároco e coordenador dos projetos da Paróquia, frei Rivaldo Vieira, acolheu a equipe do TRT-12 e os jovens, enfatizando a confiança depositada no potencial de cada um deles. “Investimos em vocês para que vocês alcancem o sonho de transformação da sociedade. É um investimento em educação, direitos e na dignidade de vocês”, afirmou o frei.
Informação é poder
O presidente da Amatra-12, Elton Antônio de Sales Filho, motivou os jovens compartilhando sua própria jornada. “Eu tive uma origem humilde e, com esforço e dedicação, alcancei o lugar que eu desejava”, contou o juiz. Ressaltou também que o papel dos magistrados presentes era fornecer informações valiosas, pois o conhecimento é uma ferramenta poderosa para o futuro. “Informação é poder, por isso estamos aqui para levar informação sobre direitos, deveres e cuidados, principalmente agora que muitos se aproximam do mercado de trabalho”, disse Elton de Sales.
O que pode e o que não pode
A primeira palestra foi conduzida pela juíza auxiliar da Presidência, Ângela Maria Konrath, que também é titular da 2ª Vara do Trabalho de Rio do Sul. De forma didática e descontraída, ela explicou o que é trabalho infantil e aprendizagem, ressaltando a importância de priorizar os estudos como base para uma futura carreira profissional bem-sucedida. Angela Konrath chamou alguns jovens à frente do auditório da Paróquia pedindo para que segurassem cartazes representando as idades de cada um. Na sequência, explicou, detalhadamente, quais as possibilidades de se trabalhar - ou não - de cada faixa etária.
Futuro do trabalho
Em seguida, o desembargador Cesar Luiz Pasold Júnior forneceu orientações sobre a prevenção de acidentes de trabalho, exibindo equipamentos de proteção e compartilhando imagens impactantes de situações de trabalho sem segurança.
Ele também compartilhou fatos narrados em alguns processos no qual é relator, incluindo o caso de um jovem que perdeu a visão devido a uma farpa no olho, um incidente que poderia ter sido evitado com o uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) - no caso, óculos de acrílico. Em outro processo, um trabalhador morreu eletrocutado porque não estava usando luvas antichoque - elas estavam “guardadas” no próprio cinto.
O desembargador encerrou reforçando que a atenção e o conhecimento são as chaves para um trabalho seguro. "Todas as profissões têm riscos, mas se você seguir as regras e usar os equipamentos de proteção, é muito difícil se machucar. Tenham cuidado, estejam atentos e aprendam com os erros dos outros. Vocês representam o futuro do trabalho", finalizou o desembargador.
No final do evento, foram sorteados dois celulares, que foram entregues para duas jovens assistidas pela Casa da Criança e da Casa São José. Somados, os dois projetos sociais da paróquia da Trindade atendem 330 crianças e adolescentes, oferecendo atendimento psicológico, psicopedagógico, odontológico e assistencial, além de atividades sócioeducativas no contraturno escolar.
Texto: Andréa Gonçalves (estagiária)
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