Programa de Combate ao Trabalho infantil premia vencedores de concurso de desenho em Palhoça

07/11/2019 16h28, atualizada em 29/11/2019 15h17
Na foto, cinco crianças segurando seus seus desenhos
Kauê Soares de Abreu (1º à dir.), de nove anos, foi o vencedor do concurso 

 

O mundo preto e branco do trabalho infantil em contraste ao colorido dos estudos e das brincadeiras. Essa é a descrição do desenho de Kauê Soares de Abreu, de nove anos, o vencedor do concurso “Criança não trabalha: lugar de criança é na escola”, realizado na rede de ensino público de Palhoça e Águas Mornas.

Em sua segunda edição no estado, o concurso é uma iniciativa do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho. Kauê, que estuda no Grupo Escolar Professora Maria Luzia de Souza, de Palhoça, concorreu com outros cerca de mil alunos de 4º ano de escolas públicas de seu município e de Águas Mornas. Como prêmio ele recebeu uma bicicleta e um kit contendo uma caixa de lápis de cor, dois cadernos, uma ecobag e uma camiseta, todos personalizados com o tema combate ao trabalho infantil.

Além do vencedor, receberam o mesmo prêmio as crianças que ficaram em segundo, terceiro e também outras duas cujos desenhos receberam honra ao mérito, devido à qualidade dos trabalhos. Esses dois prêmios adicionais foram doados pela Associação dos Magistrados do Trabalho da 12ª Região (Amatra 12).

 

Na foto, desembargadora Teresa Cotosky conversando com representantes da prefeituras de Palhoça
Desembargadora Teresa Cotosky: "alunos foram artistas maravilhosos que entenderam a mensagem e a traduziram em desenhos"

 

A gestora regional do Programa, desembargadora do TRT-SC Teresa Regina Cotosky, convidou todos os cinco premiados para falarem sobre o significado de seus desenhos. Além das crianças destacarem as vantagens de estudar e de brincar em relação a trabalhar, algumas delas, como Danielle Lehmkul Roos, de nove anos e da mesma escola que Kauê, falou sobre os riscos de acidentes. 

“O meu desenho é sobre uma criança que queria ir para a escola, mas teve que trabalhar na roça. Ela se machucou e perdeu o dedo”, explicou Danielle, uma das ganhadoras da honra ao mérito. A aluna teve a obra elogiada pela desembargadora. “Tristeza maior que a criança trabalhar é se acidentar. Parabéns pelo seu desenho, me chamou a atenção!”, destacou Teresa Cotosky.

Sobre o concurso

Promovido em oito municípios catarinenses, o concurso buscou ampliar a conscientização da sociedade sobre os malefícios causados pelo trabalho precoce. A desembargadora Teresa Cotosky destacou a importância da união de todos em torno desse propósito.

“Agradeço às prefeituras de Palhoça e de Águas Mornas por terem aceitado o desafio e abraçado o projeto, aos professores que trabalharam o tema nas salas de aulas e aos alunos, artistas maravilhosos que entenderam a mensagem e a traduziram nos desenhos”, afirmou a desembargadora, complementando que para termos um futuro melhor para o país, sem trabalho infantil, é preciso despertarmos nas crianças a transformação.

Também participaram da premiação a juíza Ângela Konrath, gestora auxiliar do Programa para a Grande Florianópolis e Imbituba; a juíza da Vara do Trabalho de Palhoça Ana Letícia Moreira Rick, representando a Amatra 12; o procurador-geral de Palhoça, advogado Luciano Dalla Pozza, representando o prefeito Camilo Martins; a secretária de Educação de Palhoça, Shirley Nobre Scharf, o secretário de Educação de Águas Mornas, Mário Fernandes, além de diretores e professores das escolas participantes do concurso e dos pais dos alunos.

 

Na foto, magistrados, crianças e seus familiares
Concurso foi promovido em oito municípios catarinenses 

 

Texto: Carlos Nogueira/ Fotos: Ricardo Martins/Prefeitura de Palhoça 
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