Quarenta e cinco servidores do Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina vão começar, no próximo final de semana, a ser capacitados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
É o curso de Extensão em Gestão Pública, que tem por objetivo oferecer uma visão estratégica da gestão pública, estimulando o desenvolvimento da capacidade de reflexão e crítica dos participantes.
O curso é voltado para os cargos de direção e assessoramento nas diversas áreas do Tribunal e faz parte de um projeto de educação continuada. Isso significa que os gestores vão participar de outros eventos sobre o assunto. Ao todo, serão estudadas dez disciplinas, distribuídas em três áreas temáticas: Desafios da Gestão Pública Contemporânea, Capacidade de Planejamento e Organização e Desenvolvimento de Pessoas e Equipes. As aulas, com início previsto para 29 de fevereiro e término em 13 de setembro, vão acontecer em Florianópolis, no campus da Sociedade Educacional de Santa Catarina (Sociesc), instituição com certificação FGV.
A boa aceitação entre os 55 participantes da primeira edição levou a administração do Tribunal do Trabalho a propor a renovação do contrato com a FGV, ainda no ano passado. Como boa aceitação, leia-se uma média de nota nove, considerando o intervalo de zero a dez. O curso terá duração de 120 horas e será ministrado a cada três semanas, sempre às sextas-feiras (período integral), e aos sábados (período matutino).
O presidente do TRT/SC, Marcus Pina Mugnaini, acredita que a aproximação dos servidores com modelos de gestão do setor privado se reflete na satisfação dos usuários da Justiça do Trabalho.
- Existe um componente igual tanto no setor público quanto no privado: a agilidade. Enquanto no setor privado ela gera lucro, no setor público ela gera eficiência, um dos princípios constitucionais que regem a administração pública”, analisa Mugnaini.
Segundo pesquisa feita pelo Centro de Estudos da Justiça das Américas, os sistemas judiciários são percebidos como lentos, caros, inadequadamente organizados e com escassa capacidade para abordar temas novos e complexos.
- Para mudar esta percepção, a grande maioria das instituições públicas, incluindo a Justiça do Trabalho, precisam se reinventar: fazer mais com menos, colocar o cidadão como foco de atenção e adotar princípios modernos de organização e gestão -, diz a diretora da Secretaria de Recursos Humanos, Fernanda Gomes Ferreira.
Fonte: Diário Catarinense - 24.02.08