Novos dirigentes do TRT/SC tomam posse para administrar instituição nos próximos dois anos

Esquecer eventuais desavenças e desencontros para ajudar a conduzir, com paz e harmonia, a excelência do Tribunal Regional do Trabalho a um patamar ainda mais superior. Assim, como um convite a juízes e servidores, o novo presidente do TRT/SC, juiz Marcus Pina Mugnaini, encerrou a solenidade que marcou a posse da nova administração da insituição, realizada no final da tarde de sexta-feira (14), na sala de sessões do Tribunal Pleno. Ao lado de Mugnaini, vão estar as juízas Maria do Céo de Avelar, que deixou a corregedoria para ocupar a vice-presidência (antes pertencente à juíza Licélia Ribeiro), e Marta Maria Villalba Fabre, a nova corregedora da Justiça do Trabalho catarinense. A cerimônia, prestigiada por um público que lotou a sala de sessões do Tribunal Pleno, ainda contou com uma mini apresentação do coral do TRT/SC.

O discurso do presidente foi breve e direto. Preferiu deixar as palavras difíceis de lado e responder a duas perguntas: “por que veio e para que veio”. Lembrou que chegou a pensar em se aposentar e se dedicar à vida acadêmica – desde 1995, ele leciona na Universidade do Vale do Itajaí (Univali). “Mas um grupo de amigos começou a me pressionar e acabei renunciando à renúncia. Por isso, eu vim”, esclareceu.

Quando foi explicar a finalidade pela qual resolveu se candidatar a presidente, a emoção tomou conta do magistrado. “Eu vim para que o Manoel Raulino, do Xerox, encontre o Celso 'Pintor' no corredor do Tribunal e diga para ele: é um dos nossos está assumindo a presidência do TRT”, disse, em tom de metáfora, referindo-se a dois servidores. E assim, citando uma série de encontros imaginários entre vários servidores e juízes, Mugnaini construiu seu discurso, com o objetivo de convocar a todos a participar ativamente de sua gestão.

Outras autoridades também se pronunciaram. A juíza Lília Leonor Abreu falou em nome do Tribunal. Ressaltou a necessidade de a Justiça do Trabalho encontrar mecanismos que evitem a queda da qualidade das decisões em razão do aumento expressivo de ações trabalhistas, verificado nos últimos anos. O procurador-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho/SC, Acir Alfredo Hack, lembrou do tempo em que foi assistente de audiências de Mugnaini na 2ª VT de Itajaí, entre 1989 e 1993. “Ele sempre me dizia: aceito o erro, só não admito má-fé e desonestidade. Por isso, tenho certeza que, em preceitos éticos, os destinos desta corte estão bem traçados pelos próximos dois anos”, destacou o procurador.

O presidente da OAB/SC, Paulo Roberto de Borba, disse que os novos dirigentes assumem um “compromisso com a Justiça”. E fez um elogio ao “espírito de moderação” do antecessor de Mugnaini, o juiz Jorge Luiz Volpato. O presidente do Conselho Editorial da OAB/SC, o advogado César Luis Pasold, disse, emocionado, que a posse do novo presidente do TRT/SC significa um momento importante para academia jurídica. “O juiz Pina foi fundamental para o que chamo de pacto de desenvolvimento da cultura jurídica. Ele não economizou esforços para que o Tribunal começasse a capacitar seus juízes, a partir de convênio com uma instituição de ensino superior para realização de curso de mestrado, em 1999, em atitude pioneira no Brasil”, reconheceu Pasold.

Quem são os novos administradores do TRT/SC

Fonte: Ascom - 14.12.07, às 21h40min