Essa foi uma das constatações da ministra do TST Dora Maria da Costa, no encerramento da semana de correição ordinária em SC
A semana de correição no Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-SC) encerrou, nesta sexta-feira (22/3), com a leitura do resumo da ata no plenário da corte, em Florianópolis, durante sessão administrativa do Tribunal Pleno.
Estavam presentes na sessão a corregedora-geral da Justiça do Trabalho, Dora Maria da Costa, ministra do Tribunal Superior do Trabalho; o presidente do TRT-SC, desembargador Amarildo Carlos de Lima; a vice-procuradora chefe do Trabalho (MPT/SC), Elizabeth Pereira Pacheco; o diretor da Secretaria da Corregedoria-Geral da JT, Marcelo Marques de Matos; e demais desembargadores e desembargadoras do TRT-SC.
O presidente do TRT-SC abriu os trabalhos passando a palavra à ministra, que agradeceu a gentileza da recepção em Santa Catarina. Em uma avaliação geral, Dora da Costa considerou que o regional catarinense está muito bem, como já demonstrado pelos indicadores em outras ocasiões.
Ela destacou como ponto sensível do Judiciário brasileiro a questão dos precatórios, sendo a Justiça do Trabalho o ramo deste poder elogiado pelo próprio Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por sua atuação na área.
Segundo grau
Após a fala da ministra, Marcelo Matos deu sequência à sessão, com a leitura do resumo da ata. A taxa de produtividade do segundo grau rendeu elogios da corregedora-geral. De acordo com o texto lido pelo secretário, foi o melhor desempenho entre os oito tribunais de médio porte, com um índice de 104% - foram 34.312 processos julgados ante 33.017 recebidos, considerando ações originárias, recursos oriundos das varas do trabalho e recursos internos, como os embargos de declaração, por exemplo.
Em relação à taxa de congestionamento, o TRT-SC ficou ainda melhor classificado, com o terceiro menor índice do país - a taxa mede a quantidade de processos julgados dividida pela soma entre o estoque e os casos novos do ano.
Em 2023, o segundo grau julgou 2.424 processos a mais (9,4%) do que recebeu, considerando os recursos recebidos das varas do trabalho e as ações de competência originária, como mandados de segurança, dissídios coletivos e ações cautelares, por exemplo. Isso levou a uma redução do estoque de processos aguardando julgamento de 10.089, no final de 2022, para 7.595 em dezembro do ano passado.
Primeiro grau
A ministra considerou que, apesar de ainda haver um desequilíbrio orçamentário entre o primeiro e o segundo graus de jurisdição, ficou demonstrado o esforço do tribunal em proporcionar melhores condições de estrutura e de pessoal à primeira instância, não fazendo nenhuma recomendação neste sentido.
Outro ponto enaltecido pela correição foi o contínuo crescimento de sentenças líquidas, ou seja, já com os cálculos detalhados dos valores devidos. De acordo com a ministra, isso gera uma maior celeridade processual, aumento das conciliações e a redução de incidentes na fase de execução, ou seja, de cobrança forçada da dívida. O esforço e o planejamento que levaram o TRT-SC ao cumprimento de todas as metas nacionais processuais de 2023 também foram evidenciados na sessão.
De acordo com a Corregedoria-Geral, o TRT-SC demonstrou também bom desempenho na fase de execução, com índices de produtividade superiores a 100%, havendo, como consequência, redução do acervo processual. A iniciativa de reestruturação do setor responsável pelo Projeto Garimpo foi elogiada.
Recomendações
Entre as recomendações da corregedora-geral ao TRT-SC constaram temas relacionados à gestão da tecnologia da informação e comunicação (TIC); à concessão de Gratificação por Exercício Cumulativo de Jurisdição (GECJ); ao acúmulo de férias vencidas de magistrados do 1º grau; à regulamentação do teletrabalho; à redistribuição e impulsionamento de processos no 2º grau; e às ferramentas para ampliação e garantia do atendimento ao público e transparência.
Agenda intensa
A correição ordinária faz parte da rotina de procedimentos dos tribunais e tem por finalidade verificar como está sendo feita a prestação da Justiça pelas instâncias inferiores. Nela, a corregedora-geral examina processos, prazos e também avalia a adequação de procedimentos a normas legais e questões administrativas, entre outras.
Entre os dias 18 e 22 de março, a corregedora-geral e sua equipe conduziram reuniões com juízes, desembargadores, gestores do tribunal, representantes das categorias da magistratura e dos servidores da JT, e também da advocacia.
A ministra esteve presente ainda na inauguração das novas instalações do Cejusc 2º Grau na capital, na assinatura do termo de adesão dos clubes Avaí e Figueirense aos programas Trabalho Seguro (PTS) e de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem (PCTIEA) e integrou, juntamente com os professores da Università Della Calabria (Itália), Flavio Vincenzo Ponte e Enrico Caterini, a mesa de palestrantes do I Colóquio Internacional de Direito Coletivo do Trabalho, promovido pela Escola Judicial do TRT-SC (Ejud-12).
Texto: Camila Collato
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