Homenagens ao desembargador Gracio Petrone marcaram abertura do evento, realizada na manhã desta quinta-feira (18/9)
O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-SC) sedia, até sexta-feira (19/9), o 44º Encontro do Colégio de Ouvidores da Justiça do Trabalho (Coleouv). O evento reúne os desembargadores e desembargadoras-ouvidoras dos TRTs de todo o país, bem como os servidores responsáveis por gerir as unidades.
O objetivo é fortalecer o papel das ouvidorias, ampliando sua função estratégica para a gestão pública e para a participação cidadã. A programação inclui oficinas, palestras e painéis que abordam desde o uso de metodologias de inovação até a escuta especializada de públicos em situação de vulnerabilidade.
A abertura oficial aconteceu nesta quinta-feira (18/9), na sala de sessões do Tribunal Pleno, com falas de autoridades e a palestra da desembargadora Lígia Cristina de Araújo Bisogni, primeira mulher a assumir a Ouvidoria do Tribunal de Justiça de São Paulo, o maior do mundo. Antes, na quarta, houve uma oficina sobre posicionamento estratégico das ouvidorias ministrada pelo assessor-chefe de Relacionamento de Tecnologia e Inovação do TST, Welington Samuel da Silva Monteiro. A atividade aconteceu no Laboratório de Inovação do TRT-SC.
Homenagens
As seis autoridades que compuseram a mesa de abertura fizeram homenagens ao desembargador do TRT-SC Gracio Ricardo Barboza Petrone, que morreu na quarta-feira (17/9). Muitos dos presentes chegaram a conhecê-lo, por ocasião das reuniões do Colégio de Presidentes e Corregedores dos TRTs (Coleprecor), do qual Petrone participou ativamente quando foi presidente do Regional catarinense.
O presidente do TRT-SC, desembargador Amarildo Carlos de Lima, lembrou que Gracio Petrone sempre foi um “espírito livre, pessoa espontânea e muito querida”. A ouvidora do TRT-SC, desembargadora Mirna Bertoldi, lembrou da atuação marcante como presidente e corregedor. “Tive o privilégio de conviver com ele por muitos anos e posso dizer: sua ausência já se faz sentir. As sessões do Pleno, da Seção Especializada 2 e da 4ª Turma jamais serão as mesmas sem sua presença, sempre sábia e dedicada”, disse ela.
Sobre o evento, reforçou que o Coleouv é sempre uma ocasião muito especial. “É um momento de reencontros, aprendizado, trocas e também para renovar o entusiasmo pelo trabalho das ouvidorias, que se mostra cada vez mais essencial diante das crescentes demandas por uma Justiça acessível, transparente e sensível às reais necessidades da sociedade”, disse Mirna Bertoldi.
O presidente do Coleouv, desembargador Marcello Maciel Mancilha (TRT-ES), disse que “foi um privilégio” conviver durante dois anos com Gracio Petrone, por ocasião do Coleprecor. “Era um magistrado competente, comprometido e que dedicou quase 40 anos de sua vida à Justiça do Trabalho”, lembrou.
A abertura do evento também teve falas dos desembargadores Jorge Orlando Sereno Ramos (TRT-RJ), vice-presidente do Coleouv; Maria Cristina Diniz Caixeta (TRT-MG), secretária do Coleouv; e Quézia de Araújo Duarte Nieves Gonzalez, vice-presidente do TRT-SC e diretora da Escola Judicial, que deu apoio à organização do evento.
Ouvidor precisa ser ouvido
Na sequência aconteceu a palestra da desembargadora Lígia Bisogni. Ela falou essencialmente de como as ouvidorias podem auxiliar na estratégia das administrações dos TRTs. De acordo com ela, é a hora de os gestores consultarem os dados e questões trazidas pela população e também pelo público interno às ouvidorias.
“Esses indicadores são estratégicos porque é ali que estão os pontos de gargalo das administrações e onde se concentram a maioria dos problemas. Podem servir de suporte para qualquer planejamento estratégico”, disse ela. “Por isso, é importante escutar o ouvidor”.
Por fim, reforçou que a ouvidoria também pode ser utilizada como uma ferramenta para aprimorar a comunicação interna dos tribunais. “Os tribunais contam atualmente com muitas comissões, e não raras vezes trabalhando em projetos semelhantes. Isso divide forças. Por isso é importante que a ouvidoria esteja presente na maioria das comissões, por ter essa visão do todo”, concluiu a desembargadora do TJ de São Paulo.
Texto: Clayton Wosgrau
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