O sistema de "home office" que o novo presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini, quer implementar no Judiciário paulista já existe há quase dois anos no TST (Tribunal Superior do Trabalho).
No projeto que o presidente do TJ quer colocar em prática, os servidores poderiam trabalhar dois dos cinco dias da semana de casa. Já no TST, os funcionários ficam sempre em casa, tendo a obrigação apenas de comparecer ao tribunal quinzenalmente para se reunir com seu superior.
O sistema foi regulamentado pela corte em fevereiro de 2012. Durante um ano, o projeto ficou em fase de teste e depois foi implementado definitivamente. Hoje só 25 dos mais de 2.000 servidores do TST trabalham de casa.
O trabalho desenvolvido por esses funcionários tem de ser mensurável, já que eles têm que cumprir metas semanais pelo menos 15% superiores àquelas estipuladas para os demais funcionários.
Apesar de não terem que ir ao TST para trabalhar, os servidores não podem se ausentar do Distrito Federal em dias de expediente e devem atender a convocação para comparecer ao tribunal.
Para o TST, o teletrabalho tem rendido bons resultados. Na maioria dos casos os chefes relatam que os funcionários têm ultrapassado as metas e, desta forma, aumentado a produtividade do setor em que estão lotados. Os servidores destacam a melhoria na qualidade de vida, pois não enfrentam trânsito e têm mais tempo para a família.
Pela minuta que regulamenta o teletrabalho no TST, só 30% dos servidores de cada unidade podem trabalhar de casa. Setores que atuam na relação com o público têm de manter a capacidade plena.
O plano de implementar o sistema de "home office" no Judiciário paulista foi anunciado por Nalini durante sua posse como presidente do TJ, no último dia 2. Ele disse que a medida poderá aumentar a produtividade e contribuir para a política de mobilidade urbana de São Paulo.
Fonte: TST