Para uma Justiça do Trabalho mais efetiva, é necessário assegurar qualidade de vida no ambiente de trabalho a magistrados e servidores, os principais responsáveis pela prestação jurisdicional. Partindo dessa premissa, integrantes dos comitês de Gestão Estratégica e de Atenção Prioritária à Primeira Instância finalizaram, na quarta-feira (6), a primeira etapa do Planejamento Participativo do TRT-SC, definindo a missão e os valores institucionais, a visão de futuro e os objetivos estratégicos para os próximos seis anos.
A principal novidade foi a inclusão, de forma expressa, de aspectos relacionados à qualidade de vida no ambiente de trabalho. No conceito de visão, ou seja, como a instituição quer ser reconhecida até o final do próximo ciclo de planejamento (2020), foi mantida a preocupação com a excelência na prestação jurisdicional, mas com uma diferença: isso deve acontecer em paralelo à valorização das pessoas e ao desenvolvimento social.
Além da visão, o foco no bem-estar ficou expresso ainda em outros dois dos 12 objetivos estratégicos aprovados: assegurar a qualidade de vida no meio ambiente de trabalho e promover a saúde e a qualidade de vida de magistrados e servidores. Para cada um desses objetivos será estabelecida uma meta, que por sua vez exigirá o estabelecimento de iniciativas para atingi-las.
Para definir o mapa estratégico, os participantes dos comitês levaram em conta o diagnóstico apontado pela consulta pública realizada entre 3 e 22 de outubro. De acordo com 41% das áreas que participaram da pesquisa, o TRT-SC possui baixa preocupação com a saúde e qualidade de vida de servidores e magistrados.
Grandes litigantes
O mapa estratégico do TRT-SC também absorveu alguns objetivos do planejamento nacional da Justiça do Trabalho. Um deles diz respeito ao gerenciamento das demandas repetitivas, principalmente dos grandes litigantes. Na avaliação do grupo, isso poderá contribuir para superar a principal fraqueza da instituição na visão do público externo, apontada por 47% dos pesquisados: a divergência jurisprudencial excessiva.
Se os objetivos e a visão foram reformulados, o mesmo não aconteceu com a missão institucional. Os integrantes do comitê também tomaram por base a consulta pública, já que para 80% das áreas do Tribunal e 60% do público externo a missão atual - “Realizar Justiça com celeridade e efetividade nas relações de trabalho” - representa a razão de ser do Judiciário Trabalhista catarinense.
“Acredito que todo esse trabalho vai fazer a diferença para os próximos seis anos, pois está sendo edificado sobre bases firmes”, disse o presidente do TRT-SC, desembargador Edson Mendes de Oliveira, ao final do evento. A satisfação pelo trabalho realizado foi compartilhada pelo corregedor do Tribunal, desembargador Gracio Petrone. “Foi um trabalho de análise intelectual que nos ajudou a direcionar o futuro da instituição. Saio daqui com a sensação do dever cumprido, por ter dado o meu melhor”, exclamou ele.
Com a definição do mapa estratégico, que será divulgado em breve pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplan) em novo layout, resta agora definir as metas e iniciativas para alcançar cada um dos objetivos. Para isso, será feita uma nova consulta pública, com previsão para ser realizada até fevereiro do ano que vem.
Rigor metodológico
Os debates para a definição do mapa estratégico do TRT-SC ocorreram na terça e na quarta-feira, durante a 1ª Oficina do Planejamento Participativo 2015-2020. Os trabalhos foram coordenados pela psicóloga e servidora Christine Ribeiro Gili (foto), secretária de Gestão Estratégica do TRT da 23ª Região (TRT-MT). Com especialização em gerenciamento de projetos, essa é a quinta vez que ela coordena uma oficina de planejamento estratégico. “Fiquei bastante impressionada com o interesse do grupo pela metodologia do Planejamento", comentou.
Confira os elementos do mapa estratégico da Justiça do Trabalho catarinense para 2015-2020:
Fonte: Assessoria de Comunicação Social - TRT-SC
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